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Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros
              prensa é um meio muito competitivo, sendo excludente para quem
              não tem competência, assim, o diploma passa a ser irrelevante”. Em
              contrapartida considera tal diploma uma necessidade para organizar
              o mercado jornalístico. Entende que “é preciso ter uma formação, e
              quem sabe, ser submetido a um teste de proficiência”. O diploma se-
              ria esse teste. É necessário que seja dado um atestado de que a pessoa
              sabe escrever, porque não se pode jogar no escuro. Não dispensaria o
              aprendizado formal por ser uma das maneiras de se aprender. E com-
              pleta: “Este terá maior valor quando o ensino for de boa qualidade, e
              o mercado escolhe através dessa qualidade”.
                    Com a internet, qualquer pessoa pode divulgar notícias, algu-
              mas vezes não confiáveis. Para Luiz Ribeiro, a pressa em busca do
              furo faz com que não se apure devidamente, então entra em cena a
              responsabilidade do bom Jornalismo cujo repórter checa os dados e
              ouve os dois lados. O resultado confiável gera segurança no leitor que
              compra credibilidade.

                    As premiações foram estabelecidas para melhorar o Jornalismo,
              valorizando e incentivando a competência e a criação. No caso da
              imprensa, um setor forte desde o tempo da Abolição dos Escravos,
              diversos prêmios surgiram, sendo que o Prêmio Esso, o coração desta
              atividade, começou em 1955. É o maior prêmio do Jornalismo na-
              cional, assim considerado devido à altíssima concorrência. É possível,
              por essa premiação, se medir o que de melhor se fez no ano em termos
              jornalísticos, sejam os fatos, as investigações, as apurações e as ino-
              vações. Luiz Ribeiro diz: “já tinha ganhado dois Prêmios Esso, uma
              espécie de Oscar do Jornalismo Nacional, anteriormente, e agora em
              2014 tive dupla indicação e, felizmente, venci as duas”.
                    Em cada ano são inscritos cerca de 1500 trabalhos, todos exce-
              lentes e com chances de vitória. Nos últimos anos Luiz Ribeiro teve
              seis indicações para o Prêmio Esso, das quais três foram em 2012.
              Não ganhou, mas teve a sorte de figurar entre os finalistas, que englo-
              bam de 15 a 20 trabalhos. O jornalista afirma que “entre os profissio-

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