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Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros
                    A prefeitura de Francisco Sá, nas gestões dos nossos compa-
              nheiros de lutas: prefeito Feliciano Oliveira, em seguida, prefeito José
              Mario Pena, conseguimos realizar, em conjunto e com honestidade,
              estimável trabalho em benefício da população de todas as localidades
              com o incondicional apoio no sentido de alcançar o progresso da re-
              gião e o desejo de todos, restaurando todas as estradas  com serviços
              de máquinas, cascalhos e mata-burros; ligando com boas  estradas os
              lugares ao asfalto da BR-251; iluminando o povoado e região vizinha;
              reconstruindo e aumentando o cemitério; instalando luz, água nos
              prédios públicos e nas ruas; reparando e construído igrejas e coloca-
              do as escolas em perfeito funcionamento; e ainda, criando associação
              comunitária para assistência social e instalação de uma secção eleito-
              ral, para comodidade da população e cumprimento do seu dever de
              cidadania.
                    Foi um tempo de alegria e de satisfação para o engrandecimen-
              to de  minha realização pessoal. Consegui grandes amizades com o
              grupo e no município, sendo agraciado com o título - Cidadão Ho-
              norário - concedido pela Câmara Municipal de Francisco Sá. Mas,
              “nem tudo são flores”, tivemos que lutar e aguentar com paciência e
              sabedoria a hostilidade de algumas pessoas, que mesmo beneficiadas
              com os frutos de nossos êxitos, partiam contra as iniciativas e realiza-
              ções do movimento, motivos pelos quais não conseguimos entender.
              Enquanto, trabalhávamos para o bem comum, o grupinho afetado,
              mesmo inconscientemente, pela antítese, figura que tem como fina-
              lidade a oposição, como explica a dialética de Hegel, procurava per-
              turbar o fruto do nosso trabalho que eles mesmos usufruíam no seu
              cotidiano.
                     O sentimento que nos resta é de dever cumprindo e de saudade
              daqueles tempos e lugares que transformamos para servir um povo
              amigo que se encontra hoje, reduzido e até substituído por pessoas
              diferentes e que desconhecem a origem e a história dos  benefícios,
              que ora usam com indiferença, contudo, isto não nos impede de nos

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