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Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros
              res, educadores, cantores, músicos, e outros que pontilham o universo
              artístico e cultural, nos famosos Encontros Sertanejos, sem se falar
              em outros momentos que nos uniam, através das mídias ou ocasiões
              reservadas por essas ligações afetivas e de interesse comum.
                                                   Hoje, com a sua “triste par-
                                             tida”, choram não somente os seus,
                                             mas toda a Rio do Antônio, onde
                                             nasceu, em julho de 1932, como as
                                             cidades vizinhas, como o nosso ser-
                                             tão, como a Bahia, podemos dizer,
                                             pois o seu nome foi levado a outras
                                             plagas, além das reduzidas frontei-
                                             ras natalícias,  pelos conterrâneos
                                             ilustres, pela própria família, pela
                                             prole, pelos multifacetados amigos,
                                             construídos ao longo da sua traje-
                                             tória, pelos seus estimados alunos,
              muitos dos quais alçados à glória da fama,  pelos famosos artistas
              regionais, que me escuso a citar nomes  para não esquecê-los, pelos
              outros que vieram de mais longe, para regozijarem-se em sua com-
              panhia, sob o avarandado da sua casa e das mesas fartas das iguarias
              sertanejas.

                    Não quero crer, embora seja possível, que, nessas circunstân-
              cias, alguém, por odioso capricho ou por meras injunções políticas,
              sobretudo por ter sido ele um também um “político”, não  pelo fito
              dos  seus  próprios  interesses,  não  por  ostentar  privilégios,  não  por
              mesquinhas ações, possa desconhecer todos os seus méritos e pode-
              rem agradecer por ter sido ele um verdadeiro benfeitor de Rio do
              Antônio, senão depositando flores na sua cova fria, mas dizendo alto
              e em bom som: Perdemos o nosso anfitrião!

                    De minha parte, vou sentir falta. Perco um amigo e parceiro.
              Perco o seu reconhecimento e afeto, embora isso não se apague, ja-
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