Page 74 - DEUSA DAS LETRAS
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Dário Teixeira Cotrim (Org.)


               Esses cem anos reduziram a audição da nossa mestra; con-
          tudo, não enfraqueceram sua fala, que conservou-se firme, clara,
          ativa e vigorosa, com a sonoridade própria da voz da Yvonne de
          antanho.
               Esses cem anos não diminuíram o brilho dos seus olhos,
          tornaram seu olhar mais aguçado pela luz das virtudes conquis-
          tadas; não tiraram da dona Yvonne sua lucidez, ao contrário,
          enriqueceram-na com experiências, vivências e conhecimentos,
          avivando e tornando ainda mais prodigiosa sua memória.
               Em absoluto, esses cem anos não fragilizaram o seu cora-
          ção; aprimoraram os seus sentimentos, conservando sua integri-
          dade com a energia rejuvenescedora do amor.

               Amor à cultura, aos amigos, à família, amor indestrutível
          ao esposo Olyntho Silveira...

               E amor a Deus, sobre todas as coisas.
               Os cem anos de Yvonne Silveira, definitivamente, não sig-
          nificam  velhice. Eles  significam  fundamentalmente  sabedoria
          adquirida, virtude que atua como poderoso elixir de rejuvenes-
          cimento do espírito.

               Toquemos os sinos, todos os sinos... e celebremos o cen-
          tenário dessa nobre e admirável Mulher. Toquemos os sinos em
          louvor...













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