Page 34 - REVISTA DO IHGMC
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Dário Teixeira Cotrim
                                   Cadeira N. 93
                            Patrono: Simeão Ribeiro Pires




                    UM CRIME CONTRA A

                    IGREJA DE BOCAIÚVA



                 odas as vezes que se fala em preservar o patrimônio público
                 de Montes Claros, vem logo a lembrança do velho Mercado
         TMunicipal. O povo não perdoa o erro cometido naquele tem-
          po pelos políticos de nossa cidade. Entretanto, é bom lembrar que
          delito de maior relevância foi praticado na cidade de Bocaiúva, terra
          do Senhor do Bonfim, com a demolição da velha Matriz, com mais
          de 250 anos de história. O padre Geraldo Majela de Castro, que era
          o responsável em preservar o patrimônio da Igreja, foi o mesmo que,
          ordenou a sua demolição. “A demolição da Igreja, de surpresa, começou
          numa segunda-feira, dia 4 de junho [de 1979], tendo o padre viajado
          para Belo Horizonte, voltando a Bocaiúva somente na quarta, já com os
          escombros no chão”. Pergunta-se então: por que a demolição da igreja
          iniciou somente na madrugada do dia 4 de junho quando o padre se
          encontrava na cidade de Belo Horizonte? Há controvérsias...

               É certo que a população de Bocaiúva foi surpreendida com a
          atitude premeditada e irresponsável da clerezia, pois na época pre-
          senciamos dezenas de fazendeiros que já faziam a escolha da madeira
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