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Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros
          do promovido a major durante o movimento cívico-militar de 1964,
          em abril daquele ano, quando a Unidade se encontrava em missão
          operacional na cidade de Brasília-DF. Com a transferência do coronel
          Georgino para o quadro de oficiais da reserva em abril de 1965, o en-
          tão major José Coelho de Lima assumiu oficialmente o comando do
          Batalhão, sendo promovido a tenente-coronel logo depois, permane-
          cendo nesse cargo até 11 de julho de 1968, quando completou 1.188
          dias, período, até agora, menor apenas do que o do próprio coronel
          Georgino, que durou 1.212 dias de exercício. A saída do tenente-co-
          ronel José Coelho do comando do 10º Batalhão, embora tenha-se re-
          vestido de todos os aspectos legais e regulamentares, foi motivada por
          discordância do comando geral quanto à forma como ele conduzia os
          trabalhos da Unidade. Em 03 de outubro de 1964, foi inaugurado o
          quartel do 10º Batalhão no bairro Cintra, em Montes Claros, com as
          suas instalações básicas para a época, tais como: pavilhão do comando
          e estado maior, corpo da guarda, aprovisionadoria  e refeitório, almo-
          xarifado, sala da banda de música, cantina, sala de comunicações, salas
          de administração e intendência de quatro companhias, alojamento de
          praças, apartamentos de oficiais e serviço de subsistência. Era o essen-
          cial, mas faltava o circunstancial. O comando do coronel Georgino
          praticamente se encerrou com a inauguração do quartel, cabendo ao
          então major José Coelho, como seu subcomandante e sucessor, reali-
          zar as obras complementares, dentre elas as instalações de assistência à
          saúde, a praça de esportes e o Colégio Tiradentes. Para o comando da
          Polícia Militar em Belo Horizonte, a obra estava completa. Mas, para
          o comando local, muito ainda havia de ser feito. Como não houvesse
          recursos financeiros oficiais, o novo comandante acionou os meios
          próprios da Unidade, contando com o apoio da comunidade local.
          Face ao sucesso da iniciativa, não faltaram as falsas denúncias sobre
          possíveis irregularidades que estariam sendo praticadas com os recur-
          sos arrecadados, razão suficiente, segundo entendimento do coman-
          dante geral, para substituir o comandante do 10º Batalhão.
               Nos últimos anos no exercício do comando, iniciou o curso de
          Direito na antiga FADIR, hoje integrante da UNIMONTES, para
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