Page 53 - DEUSA DAS LETRAS
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A Deusa das Letras


                    A razão, nesse caso, não é faculdade de raciocinar, mas
              de avaliar com correção.  Com razão os membros da Academia
              Montesclarense de Letras ao organizarem esta Antologia, como
              uma homenagem aos cem anos de nascimento de Yvonne de
              Oliveira Silveira
                      Assiste razão, também, a quem afirmou que Yvonne Sil-
              veira é a patriarca semidivina da cultura de Montes Claros, que
              se respeita e se venera.

                    A  professora  Yvonne Silveira,  presidente  da Academia
              Montesclarense de Letras, esposa do saudoso escritor-poeta
              Olyntho da Silveira, com seus bem vividos cem anos, encontra-
              se em plena atividade intelectual e social.

                    Professora de várias gerações de montes-clarenses tem
              prestado ressaltados serviços à cultura regional. Yvonne Silveira,
              intoxicada de cultura até o mais profundo de sua alma, é reve-
              renciada como ícone da intelectualidade local. Uma deidade.

                    Instrui Yvonne Silveira que “o romance, como substituto
              da epopeia, surge no Romantismo, refletindo o estilo de vida da
              burguesia em ascensão e tornando-se o porta-voz de seus dese-
              jos e ambições. De tal modo, o romance, atualmente, reflete o
              ambiente sócio-cultural com os conflitos e estudos científicos,
              como a psicanálise, e de simples narrativa passa a ser considera-
              do uma das espécies literárias mais importantes, pelas técnicas
              estilísticas e da prospecção psicológica”. Uma aula.
                    Ao se ler um poema, não se busca a razão, mas a emoção,
              isto porque o emotivo não é passível de ser analisado logicamen-
              te. “Eu te peço perdão por te amar de repente / Embora o meu
              amor / seja uma velha canção nos teus ouvidos”. O que nos diz


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