Page 106 - DEUSA DAS LETRAS
P. 106

Dário Teixeira Cotrim (Org.)


          os homens do futuro”. Por isso, ao longo dessa homenagem hei
          de referir a Dona Yvonne, como professora. Homenagem esta a
          qual dedico a todos grandes homens e mulheres que abraçam o
          magistério com amor e afinco e são responsáveis pela formação
          de todas as outras profissões.

               Detentora de uma extensa bibliografia com atividades li-
          gadas diretas ou indiretamente às letras, a Professora Yvonne,
          é Presidente da Academia Montesclarense de Letras por vários
          mandatos, membro do Instituto Histórico e Geográfico de
          Montes Claros, pertencente à Academia Municipalista de Letras
          de Minas Gerais, jornalista, cronista, poetisa, historiada, memo-
          rialista e escritora. Suas crônicas sempre povoaram a minha in-
          fância e adolescência. Hoje tenho o prazer de ler suas histórias
          em jornais, livros e agora também através da internet.

                Além dos inumeráveis atributos intelectuais ela é uma
          mulher de uma simplicidade e riqueza sem fim. Simples na de-
          licadeza, no trato, no carinho; rica em cultura, em obras, em
          conhecimento e ensinamento. Tão bom tê-la entre nós, iden-
          tificada nesse interior do Brasil. Orgulho de Montes Claros,
          considerada nossa “pérola”, “joia rara do sertão” ou a “Diva dos
          Gerais.” As suas palavras são tecidas fio a fio, e entrelaçadas na
          escrita, ficam cada vez mais bonitas, mais fáceis de compreensão
          aos nossos olhos. Tocam nosso coração ao remexer lá no fundo
          de nossas memórias. Os seus versos, suas crônicas, tem o dom de
          nos envolver, e com elas, esquecemo-nos do mundo. Revestimo-
          nos de um passado de nostalgia, e também de muitas alegrias.
          Seus contos agem como um bálsamo, um alento, um conforto,
          um carinho, e, numa fração de segundo nos vemos com dez,
          quinze anos, correndo pelas ruas de Montes Claros, livres, feli-
          zes, plenos de inocência. É isso que a literatura nos faz, a imersão


                                       106
   101   102   103   104   105   106   107   108   109   110   111